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Esta é uma história de amor.

Esta é uma história de amor. 


Talvez das mais banais de todas. 

É uma daquelas que não tem um final feliz, mas que nos calha a todos - a história do amor não correspondido. 


A história que não tem vários capítulos, porque parece que todas as páginas são iguais - és tu a rir e eu a olhar. Simplesmente a olhar.


Sou eu a analisar todas as nossas interações e a fabricar cenários que nunca vão acontecer, a cair ainda mais com cada piada e a derreter em cada sorriso partilhado. 


Sou eu a tentar seguir em frente, a tentar convencer-me que não vale a pena, de que isto não faz sentido nenhum, e depois és tu a rir e, de repente, nada precisa de fazer sentido. 


Sou eu a ver-te passar e a não conseguir desviar o olhar, são todos os outros rapazes a tornarem-se barulho de fundo e todas as outras conversas a diluir. 


Sou eu a escrever poemas e cartas de amor que tu nunca vais ler, porque eu nunca as vou mostrar - o medo de tu saberes e dizeres que não aparenta ser mais forte do que a ínfima chance de tu concordares em cair comigo. 


Sou eu a perder-me no teu ser e a já não me saber procurar - porque nada aconteceu e não vai acontecer, mas então porque é que parece que demos a volta ao mundo juntos? 


E as páginas vão passando e a história continua a ser a mesma - tu a rir e eu a olhar. Simplesmente a olhar.


É a história de amor mais banal.

É a história de amor mais triste. 

E tu nem a conheces…


 
 
 

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