Tábula Rasa arrasada
Alma cansada
Pé a pé a pegada
De carbono
E tanta resolução da ONU
P’ra nada
Constrói célere a impúbere fachada
Morre antes da hora, à chegada
Este canto lusófono,
Mundo preso num canto monótono
Soe antes gritante esse galo
Tábula que se vê como fábula que se lê
Ao contrário
Como salmão no lago,
Povo dito otário
Monótono o canto do horário
Alienado e mal pago
A priori a prisão, diz tradição
Contratualismo, essencialista ou não
A posteriori a real dominação
Venha Nietzsche e sua postulação
Weber e sua resignação
Verdade se constitui na burocracia
No mercado, na economia
E socioeconómicas nossas manias
Freudianas Patologias
Venham as vossas demagogias!
Que aqui fica tudo acabado
Ser humano é regido não pela inovação, pelo mercado
Daí não vir o teletransporte
Mas o teletrabalho,
E enquanto liberal se vê individualizado
É só mais uma carta no baralho
O indivíduo só existe
Se a comunidade o reconhece
Persiste em vão esta tese
Porque continuarão, raça humana em corda bamba
Até que tropece.
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