Direção do Jur.nal

Tudo o que poderia dizer sobre o Jur.nal já foi, algures no tempo, dito, escrito, lido e relido. Eu própria já me confessei a este núcleo - hoje resigno-me e aceito isso. Só nunca lhe confessei que já viu mais laivos de vulnerabilidade meus do que muitos ouvidos por aí, e que me dá o propósito que Direito, muitas vezes, não dá. Enche-me de orgulho ser parte dele, gastar o meu tempo com ele neste mundo doente, e poder dizer que, três anos e três cargos depois, ainda estou aqui e que ele ainda aqui está.
Volto (eu disse que não gosto de despedidas!) com uma direção nova, com pessoas que têm sentido e acreditado nisto como se estivessem cá desde que nasceram. Demos-lhes agora espaço para sentirem o que eu tenho sentido.
Viver no Jur.nal é viver embebido na irracionalidade e na sensibilidade do mundo - e só o verdadeiro irracional é que escolhe não viver assim.
Beatriz Rodrigues - Diretora
Akai Ito é uma lenda originalmente chinesa que representa uma linha invisível que une almas destinadas a estar juntas. Essa linha é atada no mindinho das pessoas, no seu nascimento, e nunca pode ser quebrada. Bem, como alguns já sabem, só escolhi a Nova SOL por causa do Jur.nal. Assim que o vi na página dos núcleos, senti que era lá que devia estar. E estive, como redatora e coordenadora da edição física, e estarei, como diretora-adjunta.
A forma como o Jur.nal abraça estes estudantes, e os defende e protege, é inefável. Não tenham medo de serem quem vocês são, ou querem ser; não duvidem de vocês, nem achem que nós o faremos por vocês. Se quiserem falar, mas a voz tremer, deixem-nos dá-la; se quiserem falar, mas não tiverem uma composição integral ou coesa, nós vamos louvar cada parte e honrar a ilógica que neste curso nos faz tanta falta. Afinal, o Jur.nal é apenas o coração do corpo que vocês materializam.
E talvez no fim, a lenda não seja Akai Ito. Talvez seja o Jur.nal.
Lara Cândido
Diretora Adjunta – Eventos, Marketing e Relações Públicas


Algum pseudo intelectual uma vez disse algures que todos nós nascemos como uma tela em branco, mas à medida que vamos vivendo e conhecendo pessoas somos coloridos por elas. Dessa forma, cada um de nós torna-se um mosaico de azulejos coloridos, um padrão de cores único que está constantemente a alterar-se e a reorganizar-se, a crescer (ou envelhecer) e a desenvolver-se.
Na pequena comunidade da nova escola da lei, o jur.nal surge como um instrumento através do qual todos podemos revelar a nossa verdadeira matiz.
Como redatora, leitora e fã do jur.nal sempre senti que este era o local para colorir e ser colorida. Como diretora-adjunta prometo garantir que ele será uma página em branco, pincelada pelos pigmentos que compõem cada um de nós.
O jur.nal ouvirá cada uma das vossas palavras e a gritá-las-á para o mundo; será um espaço seguro onde podemos descansar das ondas de cor caóticas da vida e deste curso que por vezes nos afoga.
Margarida Saramago
Diretora-Adjunta – Recursos Humanos
Um dia cresci e senti que deixei de caber em mim. Comecei a transbordar. E foi aí.
Escrevia o que me lembrava e surgia. O que não conseguia conter nem dizer a ninguém. Algures no tempo, apercebi-me que a escrita já não era apenas uma chaminé. Era a lareira, a chama e o fogo.
Penso que hoje o que tenho é medo. E ele provoca-me uma necessidade absurda de estar aqui. Aqui, onde estou comigo. Onde encontro aquilo que acho ainda (vir) ser. Onde respiro o que julgo que não me fará esquecer. Para não me perder. Aqui, onde cada texto que leio de alguma forma me inspira e me faz querer viver as palavras ao máximo. Este que é o lugar que nos deixa voar, trabalhar algo que tantas vezes fica para trás.
Este que é o Jur.nal.
Matilde Proença
Diretora-Adjunta – Assuntos Internos
