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- Nova escola das irritações
Às 6 da manhã toca o alarme do telemóvel. É logo a primeira irritação do meu dia. Mas quem é que no seu perfeito juízo se levanta às 6 da manhã, quando as aulas até são de frequência opcional?- como quem diz, se não me obrigam a ir para lá, porque que raio me obrigo eu a mim própria. Coisa pouca, há imensa gente que se levanta às 6 da manhã. Avancemos no dia para a hora de apanhar o comboio. 7 e picos: mas porque é que as pessoas se estão a empurrar e estão a entrar no comboio antes de sair toda a gente? O comboio não foge, e na falta de assentos, que se sentem nas escadas, não é o fim do mundo. Pronto. Já me irritei. Mas como se isto não chegasse, há sempre aquela tia que tem de fazer o seu comentário - "saia da frente, credo!" Tia, a senhora apanha o comboio todos os dias à mesma hora e sabe que é sempre a mesma coisa. Contenha-se, por favor! Agora sim, estou chateada e ainda não são 8 da manhã. Avançam as horas, passa o dia e chegamos àquela aula que não preparámos... ups! "Como assim não leram o que vos pedi a semana passada?" Pronto, e agora sinto-me uma falhada, porque a minha vida acontece e há sempre coisas que ficam para trás. Desculpe professor, para a semana eu deixo outra aula para trás e preparo a sua, prometo! (É mentira, para a semana acontece outro imprevisto qualquer, e não preparo nenhuma, é a vida!) Quem é que fica mais irritado com isto? Vá-se lá saber. Mas o dia ainda não acabou: falta a cereja no topo do bolo para um dia de derrota - voltar para casa! Ora bem, é hora de ponta, portanto, vou deixar passar 5 metros, até conseguir entrar num, porque das duas uma: ou isto, ou eu a sentir-me uma sardinha enlatada. Ainda por cima, tive de apanhar o metro para o Campo Grande, na linha verde, precisamente no dia em que o Sporting joga em casa. Apertam-me e ainda vão a discutir o onze inicial aos gritos - se o Ruben Amorim quisesse saber a tua opinião, tinha feito uma sondagem no instagram, oh Salvador! Desculpem, sportinguistas, na verdade a culpa nem é vossa. Eu é que me levantei às 6 da manhã sem necessidade. Mas estou longe de chegar a casa. Infelizmente. No entanto, hoje é um dia de sorte: tenho boleia para casa. Mas adivinhem... exatamente, um acidente no caminho porque alguém se esqueceu de pôr pastilhas novas nos travões do carro. Mas está tudo bem (e ainda bem), uma declaração amigável e o caso resolveu-se. Mas atrasaram-me e agora eu tenho fome e fico irritada quando tenho fome. Hoje não ajudo a fazer o jantar, mas amanhã prometo que ajudo (mais uma mentira). Jantar e não jantar, são horas do banho e quando olho para o relógio são 22h30. E vem a pergunta com que todos nos debatemos: vou descansar ou vou estudar? Eu levantei-me às 6 da manhã e tive um dia difícil, mereço ir descansar. E o que tenho de ter pronto para amanhã? É uma irritação para amanhã.
- Já não há cartas de amor
Tu escreveste cartas de amor? Certamente. Eu também. Mas hoje elas já não existem. Apesar de Fernando Pessoa dizer que elas são ridículas, é uma pena estarem extintas. Não é que não sejam, de facto, ridículas. Concordo com ele. Escrevi coisas que hoje não escreveria e recebi textos mesmo absurdos, mas enfim, eram declarações de amor. E todo o amor é composto de frases ridículas, sentimentos parvos e muitas palavras acabadas em “inho(a)” , como amorzinho, beijinho, queridinho, coraçãozinho, ternurinha, florzinha, mãozinha, etc. E depois há sempre o desespero da separação, nem que seja só de três dias, meu Deus, uma tragédia grega! Durante esses três dias os amados são capazes de escrever vinte cartas, cheias de promessas de amor. Um rol de parvoíces, sem dúvida. Mas é amor, e o amor é cego, parvo, estúpido e sei lá mais o quê! E ainda nem falei do ciúme, que também há sempre nestas escritas idiotas, em menor ou maior porção, conforme a doença da pessoa. Sim, porque ter ciúme é uma doença. E o “não me esqueças”. Como se fosse possível, com a caixa do correio entupida de cartas todos os dias! E a solidão por não se estar com a(o) amada(o)?… Insuportável, de partir o coração! Só no ato da escrita. Fecha-se a carta, envia-se no correio e a vidinha continua, claro! Sai-se com os amigos e esquece-se o assunto. Termos como “derradeiro amor”, “única esperança da minha vida”, “meu coração partido de tanta saudade”, “sofrimento infinito”, “anseio a tua chegada”, “sem ti não consigo viver”, “o caos em que estou mergulhado”, “estou a enfrentar uma tempestade de sentimentos”, “o meu coração dorido”, “não consigo respirar sem ti”, … e muitos, muitos outros, são o exemplo de como as pessoas apaixonadas são capazes de escrever coisas verdadeiramente tristes, exageradíssimas, não acham? Dramáticas, mesmo! Não sei se o amor é uma coisa assim tão boa. A pessoa fica mesmo deprimida ou é impressão minha?! Ou fica só estúpida, sem conseguir raciocinar?! Ou então apenas escreve estas parvoíces para impressionar a(o) amada(o). Pode ser isso. E como o amor é cego, é capaz de funcionar. Afinal, ainda bem que deixaram de existir cartas de amor. Escusamos de fazer figura de parvos e, além disso, poupamos papel!
- Lembro-me que... Finalistas 2020-2024
Ana Sofia Fernandes Lembro-me de chegar à faculdade demasiado animada pelo desconhecido. Fiquei ali, entre a residência e a entrada da faculdade sem saber para onde devia ir, e com quem devia falar. Lembro-me que comecei a falar com uma pessoa, (ou com várias), na expectativa que estivessem tão perdidas quanto eu. Lembro-me de me estar naquela aula fantasma, não acreditando que era real, e rindo-me de quem acreditava sê-lo. Lembro-me do pânico instaurado naquele anfiteatro, mas também me lembro do alívio quando os trajados entraram. Lembro-me de olhar para eles, e pensar o quão sábios e quão importantes eles deviam ser, e lembro-me de me sentir um pequeno grão de areia, no meio de tanta gente. Lembro-me de não gostar da praxe, e pensar para mim mesma “como é que há gente que gosta disto?!”. Lembro-me de ter sentido saudades de casa nesse dia, e desejar que esse sentimento não fosse contínuo, pois não saberia lidar com ele. Lembro-me de, no dia seguinte, subir parte da Travessa Estevão Pinto, e falar para a Rita. Ainda hoje questiono se foi a minha melhor abordagem com ela. Separámo-nos. Não estávamos na mesma turma... Lembro-me que, num dos dias dessa semana (que, infelizmente, já não sei precisar), fomos divididos por salas. Sentei-me ao lado de uma menina loira. Pareceu-me simpática. Perguntei-lhe o nome, ao qual me respondeu “Sou a Bruna!”. Quase não lhe perguntei mais nada, ela fez a conversa toda por mim. Senti que, afinal, começar uma conversa era mais fácil do que parecia. Lembro-me de voltar a casa, nessa mesma semana, e lembro-me dos sorrisos no rosto dos meus pais, a cada episódio que contei sobre a faculdade nesse fim-de-semana. Lembro-me que esta foi a minha primeira semana, que antecedeu todas as semanas destes quatro anos. Inês Brazão Lembro-me de Direito não ter sido a minha primeira opção. Às vezes penso nas casualidades da vida e das repercussões a grande escala que pequenas escolhas podem ter. Assim, após um mês noutro lugar, chego à Nova Direito já na 2ª fase. Lembro-me de a aula ser Direito Constitucional no anfiteatro-cave da reitoria, portanto, vários grupos de alunos do 1º ano concentravam-se à entrada desta. A minha timidez deixou-me paralisada “com quem vou falar agora?”. Para meu alívio e surpresa vi uma menina de ar doce a caminhar na minha direção, apresentou-se e apresentou-me aos seus amigos. Posso dizer que nunca mais os larguei. Será coincidência, ou serão as repercussões a grande escala de pequenas decisões? Lembro-me de nesse primeiro dia alguém ter sugerido irmos almoçar ao El Corte Inglês. Lá fomos, e no regresso à faculdade apanhámos uma molha descomunal. A chuva deve ter sido a cola que uniu este grupo. Lembro-me das fatídicas aulas online ao fim da tarde e início de noite, e do começo de semestre confinados. Lembro-me de depois, aos poucos, descobrir o resto das caras dos meus colegas. Lembro-me do moot court. Foi nessa altura, com muitas questões existenciais, que descobri que, se calhar, até tinha jeito para a coisa. Lembro-me de ter muitas dúvidas, de às vezes sentir que tinha um pé mais fora que dentro, mas mesmo assim escolher continuar. E, olhando pelo retrovisor, sinto-me feliz que assim tenha sido – valeu e continua a valer a pena. Lembro-me de entrar para o Jur.nal. Senti que havia encontrado um lugar de conforto no meio do universo jurídico que nos absorve todos os dias. Sorte a minha estarem cá e me permitirem partilhar o que vai aqui dentro. Lembro-me do caminho para o metro, percorrer a Rua da Mesquita e a Avenida Ressano Garcia em passo acelerado, e do resto do percurso até ao Campo Grande, sempre na melhor companhia. Lembro-me de muitas aulas, nem sempre do conteúdo das mesmas, mas de gostar de observar que estávamos ali para o mesmo, quase 1 centena de almas (muitas vezes bem menos) com sonhos e aspirações. Lembro-me de aprender muito, e de ter muito sono às vezes também (não fosse a vida feita de equilíbrios). Lembro-me das gargalhadas e das lágrimas que fui depositando em vários recantos do nosso Campus de Campolide. Mas, mais importante, lembro-me das pessoas que me estenderam a mão e a agarram com toda a força em todos os momentos. O meu agradecimento especial às 3 meninas que tornaram estes 4 anos uma verdadeira viagem cósmica – Inês, Leonor e Maria. Guardo-vos no lado esquerdo do meu peito. Lembro-me que este não é verdadeiramente o fim para mim, apenas uma despedida das pessoas que começaram esta caminhada comigo no longínquo ano de 2020. Que a sorte vos sorria sempre e os vossos sonhos se cumpram! João Maria Dias Lembro-me que o Pedro Caetano Nunes achou que eu e a Matilde Ribeiro namorávamos. Lembro-me que o Gonçalo Ferreira cagou a casa de banho da dux no segundo dia de praxe. Lembro-me que o Tomás Correia disse, de microfone ligado, que “microeconomia é fácil: é só fazer gráficos e o caralho”, perante o ar atónito de João Amador. Lembro-me que o Gonçalo regurgitou violentamente à porta da Rovisco Pais, n.º 4, depois de um Urban muito louco e produtivo. Lembro-me da Inês Lemos a fazer malandragem na festa de Halloween de 2021. Lembro-me da estala pós-All Saints da nossa 1.ª saída como doutores, em outubro de 2021. Lembro-me que os rapazes foram aplaudidos de pé, na nossa primeira Lex, por toda a sala, enquanto tiravam uma foto com os profs. Miguel Moura e Vítor Neves. Lembro-me das fatídicas consequências do último Rally Tascas no Campus de Campolide. Lembro-me que o Afonso rasgou a mão toda a tentar entrar no Monsanto’s Open Air depois do fecho, porque se tinha esquecido da chave de casa. Lembro-me da Constança Mota num estado lastimável pós-Rialva, quando se faziam afters no relvado. Lembro-me do hattrick do Tomás Correia no nosso segundo jaloiro. Luís Calado Lembro-me do fatídico dia de 30 de setembro quando embarquei no voo TP1690 pelas 06:40 da manhã, de refletir, de me correrem lágrimas pelo rosto abaixo porque como diria o Jorge Palma e o Sérgio Godinho, “[Era] o primeiro dia do resto da minha vida”. E muito mudou, de facto. Lembro-me como se fosse hoje, mas com o amadurecimento da Vida, de ser um rapaz de 19 anos a chegar a Lisboa e que teria de aceitá-la como casa para, pelo menos, os próximos 4 anos. Lembro-me do sentimento de coração apertado, de saber e reconhecer a escolha que estava a fazer e de sentir a sensação de que estava a jogar um jogo de póquer em que tinha feito All-In. Dir-me-ão, caros leitores, que o resultado final desta jogada foi proveitoso. Eu vos respondo, foi atribulado, conturbado, penoso, mas também foi satisfatório, recompensador e produtivo. Estes 4 anos foram decisivamente marcantes pelo bom e pelo mau, mas há uma coisa a reter, as amizades que daqui levo são, com elevada certeza para a vida, os ensinamentos que Lisboa me trouxa são eternos e, a certeza de que fui e sou capaz também é para a vida. Lembro-me que… a vida nem sempre foi fácil e, sendo um madeirense ferrenho, a vida longe da minha terra também foi com muitas saudades de casa. Saudades da comida, dos amigos, do ar, do mar e, como diria a Elisa, muito melhor que eu, “Eu nasci do Sol/Longe dos Himalaias/Cresci girassol/Mesmo junto à praia/Se houvesse maneira/De chegar aí/Eu correria/Como nunca corri/Até ti”, minha Madeira. Lembro-me que ontem era uma criança e hoje sou um homem, um homem crescido e cheio de saudades da Vida, da Vida como um todo cheio de experiências fantásticas como as que eu vivi até aqui. Obrigado, Lisboa, obrigado TAP e obrigado a Todos aqueles que me ajudaram até aqui. De coração cheio. Luisa Ferreira Lembro-me que a Ana Sofia me mandou mensagem na Uniarea antes de tudo começar, lembro-me que a Joana queria ser PJ, que a Leonor estava ansiosa mas entusiasmada pela sua nova vida e que a primeira conversa que tive com a Patrícia foi sobre descoloração de cabelo. Lembro-me de todos os momentos que passei com estas meninas, que a Ana Sofia fez Ponte-de-Sor - Borba para ir aos meus anos durante as férias do Carnaval, de todas as videochamadas que fiz com a Leonor e a Patrícia em que falámos de tudo e mais alguma coisa, de todas as vezes em que a Joana me acompanhou para o metro e de todos os momentos que elas me deram na cabeça por fumar. Lembro-me que fiz uma videochamada com a Raquel antes de ela entrar, e de ficar tão incrivelmente feliz quando isso aconteceu, porque queria mesmo ser amiga dela. A minha Raquel acabou por ser uma das melhores pessoas a entrar na minha vida, e que feliz que fiquei com a nossa amizade e os nossos mil e um planos para beber café que nunca se tornaram realidade (temos mesmo de ir, talvez um dia). Daqui a muitos anos, quando for velhinha, espero olhar para trás e sorrir ao pensar nestas meninas, e depois ligar-lhes para nos encontrarmos e ficarmos a fofocar durante horas, como é a nossa tradição. Madalena Biscaia Lembro-me que, estranhamente, não estava nada nervosa no primeiro dia de aulas naquela manhã de outubro de 2020. Cheguei bem cedo, acho que eram 7 da manhã, e fiquei a ver o nascer do dia neste campus que já se estava a transformar em casa sem eu dar por isso. Eu sabia que estava onde devia estar, e essa confirmação chegou umas horas depois. Lembro-me da fila para subir para o CAN, de me sentir absolutamente perdida e de não fazer ideia para onde nos estavam a levar. Lembro-me do terror que senti na aula fantasma, com notas tiradas num frenesim assustado que ainda hoje guardo com carinho no meu telemóvel. Mas aquele auditório vai ficar sempre marcado de outra forma para mim, porque foi lá que a conheci: a minha parceira nesta aventura que têm sido os últimos anos. Foi embebida pelo ligeiro terror que ainda sentia da aula fantasma que fiz conversa com a menina de cabelo castanho sentada à minha frente enquanto esperávamos para sair do auditório. Quis o sorteio que ela ficasse no meu grupo de praxe, e o resto é história. Lembro-me acima de tudo de lhe pedir uma selfie, porque “acho que vamos ser amigas”. Nunca o meu instinto soube tão bem o que estava a fazer. Com ela ao meu lado, esta faculdade rapidamente se transformou numa segunda casa. O relvado, os corredores, o bar e todos os restantes cantos desta nossa escola da lei foram-se tornando palco de conversas, risos, partilhas e o ocasional mas não inexistente desespero. Foi com ela que consolidei os planos pós-exame, as fugas às aulas de DC dadas pela Helena, a forma manifestamente errada de beber vinho tinto e os benefícios da água da torneira. E foi com ela que encontrei o terceiro membro da minha aventura dentro (e fora) destas quatro paredes. De facto, não posso dizer que me lembro (sorry Madalena), mas algures nestes dias, que só podem ser qualificados como incrivelmente felizes, apareceu ela: a loira que foi para a morena que eu era, o impulso que precisávamos, a mulher que me mostrou ainda melhor o que é amor. E nascemos nós, as três da Ryanair e do vinho e de tantas outras palavras que não significam nada para ninguém a não ser para nós. Lembro-me de tantos momentos em que sorri até me doer a cara no relvado deste campus, nos bancos de madeira do CAN, nas filas dos auditórios, na cantina cheia, nos sofás do bar. Não posso dizer que os últimos quatro anos tenham sido só momentos felizes, mas posso dizer em boa consciência que nos momentos difíceis nunca estive sozinha a chorar uma nota. Nunca tive de perceber por mim conceitos complicados. Nunca me atirei de cabeça sem as mãos delas nas minhas. Chegando ao fim deste percurso lembro-me de muitas coisas (tantas outras já esqueci), embebidas essas memórias num sentimento sem nome que pinta estes últimos anos da minha vida - felicidade, contentamento, paz, pertença. Mas elas as duas são aquilo que nunca esquecerei. Elas são aquilo que vou sempre lembrar quando pensar no quão feliz fui nesta casa. No primeiro dia encontrei uma alma gémea. Obrigada NOVA SOL por teres sido a tela de fundo dos momentos mais bonitos da minha vida, por me teres permitido encontrar as minhas pessoas, por me teres visto crescer. Nunca te vou esquecer, e nunca deixarei de sorrir quando disser o teu nome. Sara Mendes Lembro-me da primeira vez que entrei neste campus, cheia de expectativas e nervosismo. Cada corredor, cada sala de aula, cada pessoa - uma novidade. Lembro-me das conversas nos intervalos, dos risos partilhados e das amizades que se formaram. Lembro-me da primeira vez que vi os sorrisos dos meus amigos, após imaginar meses a fio como seriam por debaixo da máscara. Lembro-me também dos desafios, das noites sem dormir, das dúvidas, das lágrimas derramadas em momentos de frustração. Impossível seria não me lembrar de quem me agarrou nesses momentos - amigos, afilhados, padrinhos e o Guilherme. E no meio de 1302 dias, o que fica foram os momentos simples, os pequenos instantes que, de alguma forma, se tornaram preciosos pela sua simplicidade: as tardes passadas no relvado a apanhar sol, os abraços dados quando passamos por alguém, cada momento musical nos súcleos, cada momento de stress na biblioteca, cada bocejo na sala de aula, cada “FRA”. Lembro-me e lembrar-me-ei sempre que daqui levarei muito mais que um diploma, mas todos os segundos que cá passei.
- Revolução
O dia inicial inteiro e limpo de Sophia: é por ele que nos movemos. É por saber que se em algum dia, a qualquer hora, sentirmos que nos amputam as liberdades, a dignidade, que nos tiram o fôlego e o espaço - físico e psicológico - de que precisamos, ela irrompe, destemida e sem olhar para trás: a Revolução. Bem sei que prontamente me vão chamar de extremista, mas, digam-me, o que há a fazer quando a ordem se desordenou? Ou quando nunca a ordem se conheceu? Por outras - mais conhecidas - palavras: Quando o pão que comes sabe a merda, o que faz falta?; Quando nunca a infância teve infância, o que faz falta? A Revolução é, pois, - só pode ser, sempre - a resposta a estas questões. Dirá o Tomás que há Revoluções que não mereciam sair dos pensamentos dos Revolucionários, porque se limita a trazer ainda mais desordem - o pão passa a saber ainda mais a merda. Pois bem, o que lhe digo é o seguinte: a Revolução é sempre a resposta e, no caso em que não resolva a desordem e, mais, se a agravar (ainda menos liberdades, direitos, garantias) continuará a ser a resposta, porque enquanto a desordem anterior à Revolução é-lo intrinsecamente, a hipotética desordem pós-Revolucionária é boa na origem, não é propositada originalmente, é - foi - bem-intencionada, montou-se com o propósito da libertação dos povos das amarras - políticas, sociais, económicas - de um qualquer governo opressor. O que eu quero dizer é que quem procede à Revolução não o faz, nunca, com o intuito de se tornar, também ele, opressor - se assim fosse, não existiriam Revolucionários, o que seria uma tremenda perda para a sociedade; mas sim, por vezes tal acontece: a Revolução degenera em continuidade de opressão e repressão, e nada se altera - Revoluções estéreis - mas por motivos ao Seu espírito idóneo e impoluto totalmente alheios, razões essas que não vêm, agora, ao caso. E digo mais: tu, Tomás, que defendes o conservadorismo, a mudança progressiva e lenta, a evolução na continuidade… esqueces-te de que há povos que precisam da Revolução! Será que alguém defende uma descontaminação gradual de regime para ditaduras como a da Coreia do Norte? É isso que defendes? Ó! Só medidas drásticas terão sucesso! E tu bem o sabes. Terá de ser feita a Revolução rapidamente e em força. E se tiver de haver sangue, que haja! A liberdade, por vezes, vale mais que a vida de um Homem, pá. Continuando a luta: os Revolucionários são os heróis da sociedade! São o megafone das tímidas vozes discordantes, são os que insurgem, porque se nos insurgimos é que tudo pode voltar a ser do nosso agrado - e o nosso agrado é que conta, pá!, nós, o povo oprimido; não aquelas meias-dúzias que nos oprimem a seu bel-prazer! Os Revolucionários são os verdadeiros polícias e juízes da sociedade: e o seu - o nosso - juízo, a nossa sentença é a Revolução. Revolva-se! Abane-se tudo! Lamento, mas não suporto habitar sociedades vigiadas por Grandes Irmãos que nos mandam dizer que dois mais dois são afinal cinco, ou três. Meus amigos, a liberdade é poder realizar algo que ainda se não pode ou não consegue. Por conseguinte, a liberdade só se almeja com a luta, com a Revolução, porque só pode ser Ela a dar-nos o que ainda não temos. E eu - leiam bem agora, leiam de novo, se precisarem - preferirei sempre morrer a lutar pela liberdade do que ter de me habituar a trocar sorrisos (amarelos) com a ignóbil ideia de que dois mais dois, afinal, são cinco (ou três - mas nunca quatro: heresia). Mas há quem alinhe pela diapasão da imobilidade e goste de conviver com quem desafia as verdades necessárias da matemática, não é assim Tomás? (R)Evolução Revolução é overrated. Pergunta a qualquer pseudo-intelectual de meia-tigela o que querem e é muito provável que respondam “Revolução”. Mas quem os pode culpar? Têm sido alimentados com falsos sonhos de mudança súbita, drástica e positiva desde criança. Hollywood sempre usou o virtuoso revolucionário como herói. Os filmes Star Wars, por exemplo, são uma óbvia ode à luta pela liberdade contra a tirania, mesmo sendo ofuscada pelas explosões e batalhas especiais. Shape of Water, o filme sensação deste ano, também têm alguns traços revolucionários, expostos pela cambada de socialmente inadaptados que corajosamente lutam contra o opressivo governo Americano simbolizado por Strickland para salvar o pobre deus ab aquis. Mas esta afeição pela rebelião não existe só nos filmes. Basta pensar na quantidade de jovens que orgulhosamente usam t-shirts vermelhas com a cara de um assassino e racista, um dos homens mais deploráveis da história moderna, estampada na parte da frente. Basta pensar na quantidade de miúdos que, convencidos pela internet, usam a máscara do Guy Fawkes para simbolizar o seu ódio pelo “establishment”, sem saber que esta foi provavelmente feita por uma empresa representativa do tal “establishment” numa fábrica Chinesa, por outros miúdos da mesma idade. E basta pensar nos milhares indivíduos que passam o tempo a gritar por revolução no twitter e em redes sociais semelhantes, com a foice e o martelo ou uma bandeira negra ao lado do seu nome, saber bem o que esta é, ou o que pode vir a ser, de modo a demonstrar ao mundo que são “woke”. A revolução está tão entranhada, tão enraizada, nas nossas crenças que qualquer pessoa contra é automaticamente etiquetada como um conservador ignorante que prefere ver o mundo a andar para trás em vez de para a frente enquanto lambe e beija as botas do maléfico e avarento capitalista monopolista que secretamente controla o mundo, ou algo parecido. Pelo menos é esta a resposta que eu, um dos mal-afamados “sheeple”, recebo quando falo com adeptos da revolução em geral. É semelhante às ofensas lançadas ao filósofo Irlandês Burke há uns 225 anos atrás, quando se tornou no maior oponente da revolução Francesa. Tal como eu, Burke não era contra todas as revoluções. Ele apoiou os revolucionários Americanos, e defendeu a emancipação dos Irlandeses e dos Indianos, aliás, foi esta defesa da emancipação que levou à sua ostracização política em 1794. No entanto, a Revolução Francesa era por ele vista como uma nódoa no liberalismo e no iluminismo que assolou o fim do século XVIII, e como um detonador que iria despoletar séculos de caos e dor no continente Europeu. As décadas de guerra e instabilidade, e de literal Terror, que se seguiram são a prova de que Burke estava surpreendente à frente do seu tempo. A revolução, no início, tem só boas intenções, mas como o velho ditado nos conta, é de boas intenções que o caminho para o inferno está pavimentado. A mudança verdadeiramente positiva não é aquela que é construída em cima dos destroços e ruínas de uma sociedade anterior, mas uma que se vai lentamente instalando na sociedade, através de ativistas e eleitores, não através de milícias sanguinárias equipadas com metralhadoras e boinas vermelhas. É isto que os “woke millenials” que defendem a revolução não entendem. Para estes, a revoluta não passa de moda (por vezes literalmente) e, portanto, não conhecem as consequências que estas podem ter. Está na altura da sociedade acabar com esta romantização da rebelião e promover, por outro lado, a análise crítica das nossas tradições e costumes, tal como o protagonista do filme Black Panther, T’Challa, fez, ao recusar a obediência cega ao passado e o progressismo radical de Killmonger. Ninguém seriamente oposto à revolução o é porque esta representa a mudança, aliás, o próprio Burke disse: “Um Estado sem forma de mudar não tem forma de conservar”. Apenas somos contra a revolução defendida só porque é revolução, e a revolução que se destina à obliteração do nosso passado.
- Campanha de Saúde Mental: Relatório
Publica-se o Relatório sobre o Inquérito aos alunos sobre saúde mental, na sua versão integral.
- Campanha de Saúde Mental: Testemunhos
Segue-se um excerto do Relatório sobre o Inquérito aos alunos sobre a saúde mental, realizado pelo Jur.nal. Incluímos aqui os testemunhos recolhidos e uma análise das principais conclusões a retirar a partir destes. O Relatório final será publicado em breve. Testemunhos pessoais Foi dada a opção aos inquiridos de fornecer um curto testemunho pessoal, focando-se nas suas experiências pessoais com a sua saúde mental, com serviços de saúde mental nacionais, públicos ou privados, com o impacto da faculdade na sua saúde mental, e com os serviços de saúde mental da Universidade. Foram recolhidos 15 testemunhos: Tenho acompanhamento psicológico e demorei muito tempo a tê-lo . Sinto que aprendi bastante acerca de mim e o impacto que certas ações têm sobre mim. Não me considero maluca nem perto nem de longe e acho que isso não está sequer em questão. O que está efetivamente em questão é o facto de eu ser uma pessoa tal como as outras e que tem problemas como os outros. Precisava de arranjar ferramentas para combater estes problemas que tanto dificultam o nosso dia a dia. Se és uma pessoa mas consideras que não tens justificação para ir ao psicólogo, pensa melhor. Todos temos justificação para procurarmos acompanhamento. Não desvalorizes os teus problemas nem ponhas em questão o quanto mereces ser feliz. Não vou mentir, muitas vezes requer coragem, porque por vezes ouvimos coisas que não queremos ouvir mas que precisamos. Mas pensa que vale a pena. Não há vergonha em pedir ajuda, todos precisamos. Boa sorte Em 2022, após contar o quase suicídio do meu pai, a suposta psicóloga profissional dos SASNOVA com quem tinha consulta simplesmente me respondeu que eu 'tinha muito em que pensar'. Não me tentou ajudar, não me tentou compreender, simplesmente terminou a consulta quando ficou mais sério. No entanto, tinha imenso interesse na minha situação de bullying dentro da comunidade académica da faculdade --- e é verdade, esta faculdade já teve (e tem, mas menores que antigamente) severos problemas de animosidade: pressão académica, pressão social, rumores, mentiras, fofocas e simples tensões e competitividade entre alunos. Somos todos amigos, e somos todos inimigos. Juntando isto a uma competitividade e nihilismo que acompanha o curso, e a falta de profissionais suficientes para acompanhar-nos e temos uma receita para o desastre. Quando andava no secundário comecei a ter crises de ansiedade que me impediam de ir à escola. A minha mãe contactou o centro de saúde, que disponibilizava consultas com psicólogos, mas foi-lhe dito que só daqui a uns longos meses é que poderia haver uma vaga. Provavelmente como não fui atendida a tempo, a ansiedade transformou-se em depressão. Já não via sentido na vida, mas nunca tentei nada para o bem dos meus familiares, embora tenha pensado nisso muitas vezes. Foi aí que os meus pais decidiram recorrer a clínicas privadas para me ajudarem. A minha primeira psicóloga fazia jogos e testes, o que era bastante interessante, mas nunca senti nenhuma afinidade com ela. A segunda agia de maneira completamente diferente à frente da minha mãe e em frente a mim. À frente da minha mãe dizia que podíamos fazer jogos caso a consulta calhasse num dia em que não me apetecia falar e à minha frente negava essas atividades, julgava os meus problemas e dizia-me que tinha a certeza que eu lhe andava a esconder coisas. É verdade que sempre fui uma pessoa muito ansiosa, mas não sei como é que a ansiedade se transformou em algo tão bizarro que passou a controlar a minha vida. Quando já estava a acabar o secundário, a minha mãe recebeu um e-mail a dizer que já havia vaga para mim no centro de saúde. Com tantas peripécias e obstáculos vividos neste testemunho, não sei como é que ainda aqui estou. A minha saúde mental custa 160 euros por mês. 70 por consulta de psicologia (viva ao privado), 20 pela medicação. Fora os meses amaldiçoados em que também há consulta com a psiquiatra a 60 euros. Já mencionei que estamos a averiguar se é necessário mais medicação para os meus sintomas? É-me absolutamente vital, e ainda assim um luxo. Os serviços sociais da universidade podem ser a chave para apoiar as centenas de alunos que não têm meios para adquirir estes serviços, mas se, e só se, os órgãos competentes quiserem colmatar as suas falhas e investir o suficiente neste serviços. Tive muitos problemas familiares desde sempre o que me levou a desenvolver síndrome do pânico e quadros depressivos frequentes. Tinha acompanhamento psiquiátrico apenas no SNS. No meu segundo ano de faculdade, consegui apoio psicológico também no SAS da Nova. Nesse mesmo ano, tive que lidar com uma gravidez indesejada, o que me levou a ter muitos ataques de pânico, idealizações suicidas e desespero completo. Quando mais precisava, o meu psiquiatra saiu do SNS e fiquei desamparada. Tudo o que tinha era a psicologia do SAS Nova. Prontamente, sabendo da minha situação, ajudaram-me muito e arranjaram-me apoio psiquiátrico também. Embora a faculdade precise de mais recursos para o apoio psicológico, só podendo atender os casos mais graves, não me posso esquecer de tudo o que fizeram e fazem por mim. Tenho consultas semanais de psicologia e semestrais de psiquiatria, tomando um antidepressivo há um ano. Sinto-me apoiada e estável, mesmo reconhecendo que não é a experiência comum. Precisamos de mais apoio para haverem mais casos de sucesso como o meu. Não estou curada e tenho o privilégio de conseguir pedir ajuda para mim mesma, mas sinto-me com uma rede de apoio que não conseguia ter sem o SAS Nova. Não pago nada pelas consultas por ser aluna bolseira e pedir apoio financeiro. Gostava que esta fosse a experiência comum. Sinto-me triste pelo facto da saúde mental, que é algo tão importante, ser também um tema tão complicado e controverso, principalmente nas universidades. Termos de esperar uma década para ter acesso aos serviços de saúde mental públicos não é normal e, consequentemente, ter de dar um rim para ter acesso aos serviços privados, também não o é. Já para não falar que as constantes bocas que levamos por “antes não ser assim” e “antigamente as pessoas não serem tão fracas”, causam uma constante frustração e sentimento de desespero. Quanto aos serviços da faculdade, nunca fui, uma vez que estão sempre cheios. No entanto, considero que a universidade pouco zela pelo bem estar e pela saúde mental dos alunos, ao estarem sempre preocupados com tudo menos isso - como se, por exemplo, só interessassem as cadeiras que o próprio professor dá ou como se o estudo e as aulas fossem muito mais importantes que a saúde mental e física (inclusive, certos professores admitem que a nossa saúde pouco lhes importa). Acho uma falta de consideração da universidade ao não ouvir o que os alunos pretendem (principalmente no que toca às avaliações) e ainda mais de sermos continuamente rebaixados por não chegarmos a um nível que os mesmos consideram “perfeito” (porque de perfeito nada tem). É tudo muito bonito para fora, mas mesmo com todo o esforço, já não há como esconder a verdade: a preocupação com o próprio umbigo vai ser sempre mais importante que a saúde dos alunos. Nestes últimos anos tenho vindo a desenvolver sintomas de ansiedade desmedidos e que de forma muito negativa têm vindo a influenciar a minha forma de estar e a minha capacidade de pensar e lidar com as coisas que me rodeiam. Neste sentido, tentei procurar ajuda psicológica na faculdade, uma vez que tal me havia sido aconselhado, mas sem sucesso. A verdade é que a contactei esses serviços de psicologia em novembro e obtive resposta no sentido de terem disponibilidade apenas em maio do ano seguinte. Isto é completamente desumano. Felizmente tenho possibilidades de frequentar o privado, mas há muitas pessoas sem possibilidades para tal. Numa altura em que falamos tanto em saúde mental, é urgente rever a forma como a nossa nobre instituição disponibiliza o acesso ao acompanhamento psicológico, pois eu consegui ter ajuda, mas há quem não consiga. Estudar não é difícil, a falta de apoio dos professores é super desgastante. A ideia de que na universidade temos que ser mais independentes é um facto mas estamos ali para aprender e nenhum professor quer saber se aprendes bem ou mal, eles estão preocupados e em cumprir com os horários deles. Também acredito que os colegas tem um grande impacto e aquilo que observo é que eles não se ajudam nem são amigáveis. Tudo isso gera um peso acrescido. Ter apoio é super importante mas não está em lado nenhum que é possível pedir na faculdade. Importante divulgar Lido com problemas de ansiedade desde que me lembro de ser pessoa. Com a entrada na faculdade, a ansiedade piorou e com ela comecei a desenvolver sintomas depressivos, que me levaram a perder a esperança na vida em geral. Quem já passou por isso sabe o quão incapacitante se torna ver a vida a preto e branco e não conseguir ver um ponto de cor que nos guie para um caminho mais feliz. A nível de ajuda, no público foi impossível, esperar 2/3 meses por uma consulta com o médico de família é impensável numa situação em que só pedir ajuda já é difícil por si só. Felizmente, tenho a possibilidade de recorrer ao privado, e assim o fiz. Consegui a ajuda que precisava e melhorei substancialmente, mas, como qualquer batalha pela qual se passa, ficam marcas que não desaparecem tão rápido. Continuei a precisar de acompanhamento psicológico, mas pagar dezenas de euros por consulta, totalizando mais de uma centena de euros por mês em psicoterapia não é fácil, mesmo tendo as possibilidades para ter tido essa ajuda durante algum tempo, enquanto estudante deslocada o dinheiro também não permite “chegar a todo o lado” dentro das necessidades de saúde, alojamento, alimentação, educação, etc. Tive consultas pelo SAS Nova, mas foi preciso insistir muito para conseguir vaga a tempo, porque o tempo de espera era grande. Felizmente, hoje já estou melhor, mas continuo a precisar de tomar medicação ( embora numa dose mais baixa ) para conseguir ser funcional e não deixar que a ansiedade me impeça de atingir os meus objetivos. Relativamente à experiência com os serviços de saúde mental da Universidade posso dizer que ainda esperei alguns meses para conseguir a primeira consulta. Depois disso tive apenas 2 ou 3 sessões onde, apesar da simpatia do psicólogo, não senti um “match” nem me senti confortável para desenvolver determinados assuntos. Desde aí não tive mais consultas e o estado mental só se agravou por diversas razões. Não obstante, espero que este testemunho não vos impeça de procurar apoio junto de um profissional. Cada caso é um caso e pode ser que efetivamente os serviços de saúde mental da Universidade vos consigam ajudar. Experimentem ir a uma sessão, mal não faz! Eu sempre tive problemas de validação académica. Também desde pequena que sofro de insónias. No que consta a faculdade, especialmente os horários (este ano tivemos dias das 9 às 7, culminando em 9 horas de aulas..), tenho sentido que não há a mínima preocupação pela saúde mental dos alunos. O facto de muitos alunos viveram extremamente longe da faculdade não é tudo em conta, nem o facto de que simplesmente ninguém consegue manter o foco durante esse tempo todo. O psicólogo da NOVA permitiu-me ter acesso a acompanhamento profissional de uma forma acessível, usufruindo há mais de um ano consultas semanais pelo custo de 5€. Algo que para todos devia ser essencial, a linha de apoio de psicólogos da NOVA, é extremamente competente e desde sempre procuraram em acomodar as minhas necessidades. Sempre tive TDAH, mas só foi preciso medicar-me depois de começar a faculdade. Minha ansiedade piorou e tive recaídas num transtorno alimentar passado. Penso que a faculdade teve grande impacto sobre isso, e minha psicóloga concorda. Todas as minhas piorias foram causadas pela faculdade e pela carga horária/estudos, mas nenhuma das minhas melhorias está relacionada a ela. Nem sequer sabia que tinha um serviço de saúde mental da faculdade. Minha psicóloga e meu psiquiatra são privados, já que a rede pública tem uma fila de espera muito longa, e a única ajuda do governo é em cobrir parte da taxa dos meus remédios (antiansiolíticos, antidepressivos e suporte de foco). Fazer psicoterapia mudou a minha vida e continua a impactar de forma estrondosa a forma como vivo. Ensina-me a encarar a vida de forma mais leve e saudável. Fazer psicoterapia é duro e dá trabalho, muito. Mas depois faz bem e liberta. A faculdade, mais concretamente as fases de exames, contribuem em muito para o meu stress e ansiedade, porque tenho medo de não conseguir e de não ser competente. Acho muitas vezes que o meu valor depende das notas que tenho e esqueço-me que sou muito mais do que isso. Às vezes é difícil pôr tudo em perspetiva, mas sei que tenho crescido e sei também que esse crescimento se deve muito ao facto de ter ajuda. A saúde mental (ou a falta dela) sempre impactou a minha vida em inúmeras maneiras; no entanto, desde que entrei na faculdade, a minha saúde mental foi agravada pelo stress e ansiedade adjacentes à mesma. Assim que notei que me estava a afetar demasiado no meu quotidiano, decidi recorrer aos serviços de psicologia dos SASNOVA, não só pelo preço acessível a 5€ por consulta que não se encontra em mais lado nenhum, o que naturalmente ajuda um estudante deslocado como eu, mas também por ser no próprio campus de Campolide. Escrevi um email em que especifiquei que era urgente, uma vez que soube que, caso não o fizesse, o tempo de espera por uma consulta seria enorme (perto de 3 meses), e passada uma ou duas semanas tive a minha primeira consulta. Desde então, foi-me dada a escolha entre frequentar consultas esporádicas sempre que sentir necessidade ou uma avaliação mais profunda semanalmente. Tendo escolhido a última, seria de esperar que tal fosse acontecer; porém, pela quantidade de alunos inscritos, era impossível que a psicóloga conseguisse encontrar uma vaga no seu horário de forma a fazer esse acompanhamento regular que fosse conciliável com o meu horário. Assim, de grosso modo, acabei por ter uma consulta a cada 3 semanas, chegando a ter um intervalo de 1 mês, algo que não era o ideal para mim naquele momento. Ademais, a psicóloga não memorizava informação pertinente para todas as sessões, o que fazia com que me estivesse sempre a repetir e com que perdesse a confiança na nela. Lembro-me que, na minha última sessão, marquei a sessão seguinte, não pude ir e nunca mais fui contactado. Todas estas frustrações de expectativas, e já tendo uma ideia de como funcionam as sessões de psicologia por já ter tido uma psicóloga anteriormente, fizeram com que eu acabasse por sair. Por último, quero deixar uma nota de que, apesar de ser esta a minha experiência, no que toca a sessões de psicologia, o que não funciona para mim pode funcionar para outros e vice-versa. Limitemo-nos à análise de padrões que possam ter surgido, ou outras situações dignas de análise. Assim, dentro dos 15 recolhidos: 7 testemunhos reportam transtornos psiquiátricos: 7 reportam ansiedade (T. 3, 5, 7, 9, 13, 14, 15) 3 reportam depressão (T. 3, 5, 9) 1 reporta outros transtornos (T. 13) 13 testemunhos reportam serem acompanhados dentro deste foro: 12 reportam acompanhamento psicológico (T. 1, 2, 3, 4, 5, 7, 9, 10, 12, 13, 14, 15) 4 reportam acompanhamento psiquiátrico ou medicação (T. 4, 5, 9, 13) 4 reportam listas de espera elevadas ou outras experiências negativas com o Serviço Nacional de Saúde, (T. 3, 5, 6, 9) 5 reportam custos elevados, especialmente nos serviços de saúde mental privados (T. 4, 7, 9, 13, 15) 7 testemunhos apontaram a faculdade por contribuir negativamente para a sua saúde mental: 5 responsabilizam a pressão académica, os exames, e o estudo (T. 2, 6, 11, 13, 14) 2 responsabilizam os horários académicos (T. 11, 13) 2 responsabilizam os professores (T. 6, 8) 2 responsabilizam os outros estudantes (T. 2, 8) 1 não responsabilizou um particular fator (T. 15) 8 testemunhos reportaram experiências com os Serviços de Psicologia da Universidade: 2 reportaram experiências positivas (T. 5, 12) 6 reportaram experiências negativas 5 por tempos de espera elevados ou sobrelotação (T. 6, 7, 9, 10, 15) 3 por falta de conforto ou conexão com o profissional (T. 2, 10, 15) 2 testemunhos reportaram desconhecimento da existência dos Serviços de Psicologia da Universidade, ou reportaram não existir divulgação suficiente destes serviços (T. 8, 13) Esta amostra, apesar de refletir de certa forma os dados apontados anteriormente, por exemplo, no que toca à prevalência de ansiedade e insatisfação com a faculdade entre os estudantes, não poderá ser usada para retirar conclusões generalizadas. Assumindo a veracidade dos testemunhos recolhidos, não podemos, no entanto, deixar de destacar testemunhos específicos, por alegarem falhas de maior preocupação: O Testemunho 2, ao reportar as suas experiências negativas com os Serviços de Psicologia da Universidade, afirma: “Em 2022, após contar o quase suicídio do meu pai, a suposta psicóloga profissional dos SASNOVA com quem tinha consulta simplesmente me respondeu que eu 'tinha muito em que pensar'. Não me tentou ajudar, não me tentou compreender, simplesmente terminou a consulta quando ficou mais sério.” Esta omissão de auxílio, em detrimento do seu cliente, preocupa-nos consideravelmente, constituindo uma violação do Princípio E. Beneficência e Não-maleficência, do Código Deontológico da Ordem dos Psicólogos Portugueses; O Testemunho 15, ao reportar as suas experiências negativas com os Serviços de Psicologia da Universidade, afirma: “Ademais, a psicóloga não memorizava informação pertinente para todas as sessões, o que fazia com que me estivesse sempre a repetir e com que perdesse a confiança na nela. Lembro-me que, na minha última sessão, marquei a sessão seguinte, não pude ir e nunca mais fui contactado.” A falta de preparação para as sessões, de certo causadas pela sobrecarga dos serviços também reportada, não deixaria de constituir uma violação do Princípio B. Competência do Código Deontológico da Ordem dos Psicólogos Portugueses. Mais ainda, mesmo face a esta sobrecarga, o Princípio Específico 3.2. Encaminhamento de clientes deste mesmo Código obriga o profissional a indicar “os serviços de outros colegas sempre que não tenham competência ou manifestem impossibilidade de assumir a intervenção”, e não, como descrito, meramente cortar contacto com o paciente. Assim, damos por concluída a análise das várias secções.
- Campanha de Saúde Mental: Estatísticas
Segue-se um excerto do Relatório sobre o Inquérito aos alunos sobre a saúde mental, realizado pelo Jur.nal. Incluímos aqui introdução, as estatísticas recolhidas e uma análise das principais conclusões a retirar destes dados. O Relatório final será publicado em breve. Introdução A saúde mental é um tópico incrivelmente popular entre a nova geração de alunos. É igualmente popular debater-se a sua falta. As palavras “depressão” e “ansiedade” são banais nas conversas em campus, e a faculdade é apontada como a responsável, quer por causa de aulas, trabalhos e exames, quer pela falta de recursos que esta dispõe para combater estes problemas. No entanto, à data, não foram recolhidos dados sobre a saúde mental dos alunos da Nova School of Law que permitam uma compreensão em grande plano deste problema. O Jur.nal, o Jornal Oficial dos Estudantes da NOVA School of Law, tomou a liberdade de colmatar esta falha, realizando um inquérito geral aos alunos. O inquérito começa com a questão “És aluno da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa?”, de forma a delimitar a população inquirida. Das 121 respostas recolhidas, 4 foram negativas, sendo esses participantes automaticamente excluídos do restante inquérito. Assim, presume-se a participação de 117 estudantes da nossa faculdade neste inquérito, que se divide em 4 partes: Questões relativas a sintomas de ansiedade e depressão, onde os inquiridos responderam a um conjunto de perguntas usadas para diagnosticar ansiedade e depressão; Questões relativas a acompanhamento e historial psicológico e psiquiátrico, onde se inquiriu sobre a relação dos alunos com serviços institucionais de saúde mental, bem como comportamentos autolesivos; Questões relativas à relação entre a faculdade e saúde mental, onde se analisou o impacto da faculdade na saúde mental dos alunos, bem como as suas opiniões em relação aos seus serviços de saúde mental; Testemunhos pessoais, onde os estudantes tiveram a opção de escrever breves textos sobre as suas experiências pessoais com saúde mental, e com serviços de saúde mental, dentro e fora da faculdade. Foram recolhidos 15 testemunhos. Questões relativas a sintomas de ansiedade e depressão Questões relativas a acompanhamento e historial psicológico e psiquiátrico Questões relativas à relação entre a faculdade e a saúde mental Conclusão Iremos analisar e destacar, secção a secção, as principais conclusões a retirar. Atendendo à secção “Questões relativas a sintomas de ansiedade e depressão”, apesar de reconhecermos as limitações deste meio de testagem psiquiátrica, parece-nos seguro constatar que a maior parte dos alunos apresenta sintomas de ansiedade ligeira ou moderada. Destaque-se: 81,2% afirma sentir-se nervoso ou ansioso com alguma frequência ou constantemente; 68,3% não consegue controlar esta ansiedade com alguma frequência ou constantemente; 75,2% sente dificuldades em relaxar com alguma frequência ou constantemente; 89,7% afirma preocupar-se demasiado com muitas coisas com alguma frequência ou constantemente. Considere-se, também, que a percentagem média de estudantes que responderam “Constantemente” a estas e demais questões relacionadas com sintomas ansiosos é de 29%, o que poderá significar que mais de um quarto dos inquiridos pode apresentar sintomas severos de ansiedade. Já no que toca a sintomas depressivos, estes parecem mais ligeiros. No entanto: 55,5% sente-se em baixo ou sem esperança no futuro com alguma frequência ou constantemente; 65,8% tem dificuldades em adormecer ou dorme demasiado com alguma frequência ou constantemente; 76,1% sente-se cansado ou com pouca energia com alguma frequência ou constantemente; 68,4% tem dificuldade em concentrar-se com alguma frequência ou constantemente. A percentagem média de estudantes que responderam “Constantemente” a estas e demais questões relacionadas com sintomas depressivos é de 23,9%, o que poderá significar que quase um quarto dos inquiridos pode apresentar sintomas severos de depressão. Destaque-se que apenas 71,8% dos estudantes afirmam nunca ou quase nunca pensarem em se magoarem ou cometerem suicídio. Quando questionados sobre o grau de afetação que estes potenciais sintomas tiveram no seu plano pessoal, familiar e académico, de 1 a 5, 49,6% responderam 4 ou 5, ou seja, quase metade dos inquiridos foi bastante ou severamente afetado pelos problemas aferidos. Atendendo agora à secção “Questões relativas a acompanhamento e historial psicológico e psiquiátrico”, confirmamos que uma percentagem significativa dos estudantes inquiridos têm experiência com sistemas de saúde mental: 30,8% dos inquiridos tem acompanhamento psicológico, e 31,6% já teve; 16,2% tem acompanhamento psiquiátrico 25,6% está diagnosticado com uma doença psiquiátrica 25,6% toma medicação para lidar com sintomas ou doenças psiquiátricas No que toca a comportamentos autolesivos, reitera-se o supra exposto, tendo 18,8% dos alunos um historial de self-harm e 20,5% um historial de ideação ou tentativas de suicídio. Agora, analisemos a secção “Questões relativas à relação entre a faculdade e saúde mental”. Olhando para a experiência dos estudantes com os Serviços de Psicologia dos Serviços de Ação Social (SAS), 7 dos estudantes inquiridos são aí atualmente acompanhados, e 4 já foram. No entanto, 36,8% dos inquiridos não dispunha sequer conhecimento da existência deste serviço. Confirmando a sabedoria popular, o impacto da faculdade na saúde mental dos seus estudantes é sobretudo negativo. Inquiridos, numa escala de 1 (muito negativo) a 5 (muito positivo): 49,6% afirmaram ter um impacto negativo; 35% afirmaram ter um impacto neutro; 15,4% afirmaram ter um impacto positivo. No que respeita à atuação da faculdade e universidade nesta matéria, denota-se um grande grau de insatisfação, tendo 96,6% dos inquiridos respondido querer uma maior promoção e investimento destas instituições na sua saúde mental, e 76,1% respondido não achar que estas dispõe dos meios necessários para zelar por ela.
- Coletânea de contradições
amo a liberdade sonho ser ditador quero tudo de bom sou mau não estou bem nunca estive melhor o que é este mundo? puta que pariu! estou sozinho neste monte de pessoas não estou nada presente só penso no passado, no futuro nunca escrevi, nunca partilhei nunca é suficiente, nunca vou ser bom aqui têm! a nudez da invisibilidade precisava de me libertar libertem-se também escravidão do universo escravidão do universo escravidão universal escrevo em verso escrevo como um mero mortal nunca escrevi nunca me senti agora sou livre agora sou livre amantes da lua amantes da lua que estão nesta terra saturno tem várias luas eu tenho vários amantes não posso ser uma terra este sistema não compreende saturno é muito bonito mas eu amo mais a terra quero ser saturno tendo amantes da terra a minha mente é um oceano e eu estou a afogar-me já não me reconheço nunca me conheci tão bem que bom que é sentir-me vivo quero morrer doi-me a cabeça make it stop É o beijo da morte Lentamente apaga a minha luz Que triste sorte Carregar esta cruz Perdoem-me a sinceridade Mas a vida é uma efemeridade É o beijo da morte Um dia fui tão feliz Agora fiquei sem norte Apenas com uma cicatriz No lugar do coração Terá sido tudo em vão? __________ Que estranho sentimento Já não considero sofrimento É só um vazio Um pôr do sol tardio Na praia de Carcavelos Onde estávamos de chinelos Na água salgada molhámos os pés E ficámos a ver as marés Agora já não és praia Não iremos juntos a Gaia
- O mau não é ter uma ilusão, o mau é iludir-se
Se a minha vida for uma compilação de ironias E se o meu futuro já tiver sido todo escrito, O momento em que li esta frase e a decidi pendurar no meu quarto, Foi o inicio de uma grande piada escrita pelo tal Deus todo poderoso. Nem consigo imaginar o quão difícil terá sido não arruinar a surpresa, Não se rir antes do momento, Não deixar escapar nenhuma dica, E não me influenciar fortemente a escolher outra frase favorita. Mas finalmente chegou a punchline, Veio de olhos brilhantes, Sorriso reconfortante, E braços bem abertos Ofereceu-me poemas, Fotografias, Cantorias E conversas íntimas Mas não passava tudo de uma grande mentira Uma que eu até já conhecia Mas deixava-me tão entretida Que me deixei ficar mais um tempo iludida
- Passion fueled by Duracell batteriess
They take what they need, and just leave. Ephemerality, in my view, is the quintessential descriptor of our human nature. Immediately, Sylvia Plath's fig tree metaphor springs to mind, where each choice presents itself as a ripe fruit, ready to be plucked, yet we find ourselves paralyzed by indecision, afraid of losing all other possibilities. Opportunities slip away from us like ripe and robust figs at our feet. The once seemingly boundless strength reveals itself to be fleeting, and we are swept away like dry leaves in the wind, deprived of the driving force that once propelled us forward. It’s a passion fueled by Duracell batteries. You unlock the clause that bends behind my body, connecting me to the electric current, infusing me with a transcendent vitality. An invincible intensity, freshly charged, grants us the power to feel infinite. We are drawn into the tunnel of 'The Perks of Being a Wallflower,' where a mantra echoes in our minds : 'I am, I am, I am.'" But you simply take what you need, and leave I wish I wasn't merely another battery that you could discard at your convenience. I remain paralyzed, waiting for you to use me again for a little while, until I am discarded. Like a candle flickering in the wind, I, a lost sailor in life's dark abyss, catch a glimpse of the alluring and pristine land in the distance, which everyone else treads upon while I remain unable to reach it. Already extinguished, already replaced, at the culmination of my strength's zenith, I am no longer the driving force.
- Lista de Redatores, Coordenadores e Direção - 2024
Redatores Do 1º Ano: André Saragoça; Bráulio Mateus; Carolina Cardoso; Carolina Maia; Catarina Rodrigues; Constança Ferreira; Daniela Jesus; Diogo Simões; Eva Gonçalves; Filipe Pedro; Isadora Elias; Ísis Martins; João Coelho; Lara Cândido; Mafalda Carrôlo; Maria Botelho; Maria Veloso; Mariana Cruz; Matilde Santos; Matilde Silva; Matilde Proença; Naima Mendes; Raquel Nunes; Sara Schurmann; Simão Lucas; Tiago Carretas; Tiago Mancha. Do 2º Ano: Beatriz Diogo; Beatriz Franca; Beatriz Rodrigues; Bernardo Pinto; Constança Rito; Eduarda Meneses; Francisco D'Orey; Francisco Jesus; Joana Lima; Joana Moreira; Leonor Baptista; Letícia Mendonça; Maria Ribeiro; Mariana Carvalho; Mateus Rego; Nuno Ferreira; Pilar Passos; Raquel Barros; Riccardo Noronha; Sara Pinto; Simão Costa; Sofia Batista; Sofia Silvério; Taavi Medeiros; Ved Bagoandas. Do 3º Ano: Ana Beatriz Reis; António Subtil; Beatriz Geraldi; Beatriz Pereira; Carolina Correia; Carolina Sacavém; Fábio Pereira; Guilherme Sousa; Hugo Mendes; Inês Costa Graça; Isabel Costa; Luís Lobo; Margarida Raposo; Maria Inês Paredes; Maria Leonor Simão; Rafael Guerra; Rafael Santos; Rita Esteves; Simone Silva; Sofia Dias; Sofia Paulino; Sofia Ribeiro; Tiago Monni; Zulficar Silva. Do 4º Ano: Ana Leonor Leite; Beatriz Mello; Diana Pry; Diogo Simões; Inês Brazão; Matilde Ribeiro; Salomé Lourenço. Externos: Bruno Martins. Coordenadores Ana Leonor Leite, Coordenadora do Clube de Leitura; Lara Cândido, Co-coordenadora da Edição Física; Letícia Mendonça, Co-coordenadora das Artes Plásticas; Joana Lima, Coordenadora da Comunicação; Joana Lopes, Co-coordenadora das Artes Plásticas; João Coelho, Co-coordenador do Jornalismo; Maria Botelho, Co-coordenadora do Jornalismo; Maria Castro Ribeiro, Co-coordenadora das Entrevistas; Maria Leonor Baptista, Co-coordenadora das Entrevistas; Mariana Cruz, Co-coordenadora da Edição Física. Direção António Subtil, Diretor; Beatriz Rodrigues, Diretora-Adjunta; Francisco de Jesus, Diretor-Adjunto; Inês Brazão, Diretora-Adjunta.
- Ata da eleição da Direção de 2024
No décimo-nono dia do mês de março do ano de dois mil e vinte e quatro, pelas dezoito horas deu-se início, na Sala dos Núcleos e por conferência online na plataforma Zoom, à reunião de eleição da nova Direção do núcleo autónomo de estudantes Jur.nal. Por motivos de incumprimento de quórum, foi realizada uma segunda reunião, meia hora depois. Estiveram fisicamente presentes, os Diretores-Adjuntos demissionários, António Subtil e Francisco de Jesus, a representante da Nova School of Law Students’ Union (e redatora com capacidade de voto), Rita Esteves, e a Vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral, Joana Almeida, bem como a coordenadora Maria Ribeiro, e alguns membros da Redação, Beatriz Mello, Beatriz Rodrigues, Carolina Cardoso, Isabel Costa, Matilde Ribeiro e Simão Costa, e, online, a Diretora demissionária Sofia Dias, a coordenadora Maria Leonor Baptista, bem como vários membros da Redação, Beatriz Diogo, João Coelho, Sofia Silvério, e Raquel Barros. Havia apenas uma lista candidata, doravante designada por Lista nº1. A Lista nº1 era composta por António Subtil (Diretor), Beatriz Rodrigues, Francisco de Jesus e Inês Brazão (Diretores-Adjuntos). Posto isto, procedeu-se ao ato de eleição. Cumprindo o disposto no n.º 1, do artigo 34.º dos estatutos do Jur.nal, tiveram capacidade de voto todos aqueles que, até à data, estavam há pelo menos um semestre no núcleo, tendo-se também considerado que os membros da Direção demissionária tinham capacidade de voto, de acordo com o n.º 3 do mesmo artigo. Assim, tiveram legitimidade eleitoral todos os presentes, à exceção da representante da MAG, Joana Almeida. Recorreu-se à plataforma Strawpoll para realizar a eleição, tendo-se garantido o anonimato do voto, com as seguintes opções: Lista nº1, Nulo e Branco. Os resultados foram os seguintes: Lista nº1:16 Nulo: 0 Branco: 0 Sendo a Lista nº1 eleita com 16 votos a favor, 0 votos nulos e 0 votos em branco. Nada mais havendo a tratar, deu-se por encerrada a reunião pelas dezoito horas e trinta e cinco minutos, da qual se lavrou a presente ata, ficando a nova Direção em gestão até que aquela seja lida e aprovada em Assembleia Geral dos Estudantes da NOVA School of Law. António Jorge Carvalho Subtil 19 de março de 2024, Lisboa
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