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Papel branco

Maria Botelho

Papel branco mal te vejo,

Mas sinto esta necessidade,

De te preencher plenamente.



Com as minhas palavras, apenas palavras 

Não sei ainda a história que te vou contar.

Sei apenas que és o meu grande confidente

E que esperas que te complete pacientemente 


Trago te comigo porque nunca desiludes.

E eu já cai tantas vezes,

Bati mesmo no fundo

Da solidão inerente do mundo 


Mas Foste tu a minha salvação,

Desvendaste me o teu poder,

Ouvi a tua melodia como se fosses uma canção,

E guiaste me de volta ao meu ser



As pessoas menosprezam te, amigo,

Mas eu nunca faria tal atrocidade,

Só vivo se viver contigo

Tu és quem eu sou de verdade


 
 

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