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A poesia é toda igual

A poesia é toda igual

Até quem diz não pensar

Pensa em tal

A poesia é toda igual


Até se for peça fulcral

E fizer o poeta voar

Se for obra de jogral

Ou tiver rima brutal


Sobre as árvores do quintal

Ou sobre o amor que quero cantar

Mesmo tendo lição de moral

A poesia é toda igual


Sendo ela toda igual

Que adianta rimar?

É quase um ritual:

Desenvolver o lobo frontal


Talvez aumentar o capital 

Escrever algo para impressionar

Brincar com a flexão verbal

Ou venerar o que é sacral


Seja uma obra humoral

Uma epopeia narrar

Pelo artista no hospital

Ou pelo rico ilegal


Temos que, afinal

Não importa como acabar

Na morte, toda ela é sepulcral

A poesia é toda igual


 
 
 

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