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Boas-vindas, caloiros

Aos caloiros da Nova Direito,


Bem-vindos a esta nova etapa das vossas vidas, e bem-vindos ao Jur.nal, o jornal oficial desta que é agora a vossa faculdade! Para começarmos com o pé certo (direito ou esquerdo, conforme a preferência), parece-me importante contar-vos a verdade e apenas a verdade. Ainda vai curto este texto e já vos menti. Menti-vos quando disse que somos jornal, nunca foi nosso intuito sê-lo, nem o é neste momento. Se quando leram a palavra jornal, a vossa cabeça remeteu-vos para uma imagem convencional do que é um jornal, apaguem essa imagem. Somos um núcleo de jornalismo e escrevemos e publicamos notícias, mas somos tão mais que apenas isso. No Jur.nal, os estudantes da nossa faculdade conseguem encontrar um quarto só seu. Queremos que os nossos redatores sintam que este é o seu cantinho, o local para libertarem o seu lado mais criativo e porem cá para fora aquele pensamento ou aquela ideia que anda há demasiados dias a rondar a sua cabeça. Queremos que a sua imaginação ganhe forma no papel ou no ecrã. Aqui deixamos de ser protótipos de juristas, pousamos os códigos e livros académicos, e substituímo-los pelos de histórias e pela poesia. E que tristes seríamos nós só com as palavras da lei, sem as palavras de brincar, de mentir, de inventar. Mentir é delicioso quando se escreve. 


E porque não vivemos encerrados numa campânula de vidro, temos em nós, enquanto núcleo, a convicção muito forte de que estamos aqui para servir a comunidade académica. Queremos ser voz ativa na defesa dos interesses dos estudantes da nossa faculdade e ajudar ao seu esclarecimento quanto às questões para si importantes. Entendemos que é nossa missão fomentar o diálogo e a discussão, pois apenas assim conseguiremos o progresso desejado. Pretendemos, portanto, ser um núcleo cultural em todas as suas vertentes, trabalhando sempre em prol dos estudantes desta nossa faculdade. 


É inevitável de todas as vezes que escrevo sobre o Jur.nal e o que este representa para mim utilizar termos como “casa”, “refúgio” ou “habitat”. Tentarei encontrar outros termos, enquanto mergulho nas minhas memórias deste núcleo. Entrei no Jur.nal em 2022. Já o vi atravessar diversas eras, diversas pessoas, cada uma com os seus ideais próprios e projetos que desejavam aqui implementar. Porém, algo marcou uma constante presença desde que me juntei, primeiro enquanto redatora, e no último ano enquanto diretora-adjunta: a vontade de criar um impacto positivo na nossa comunidade académica. Quer seja através da publicação dos textos no nosso website (e que bom é poder ver algo feito por nós ser lido por mais do que apenas nós mesmos), da elaboração e venda das edições físicas, das visitas, dos eventos, dos podcasts, das entrevistas, das campanhas de sensibilização, das tomadas de posição - uma multiplicidade de coisas que tornam este jornal o Jur.nal.


Como mensagem de despedida, quero dizer-vos que não tenham medo de se dar a conhecer e de partilhar connosco estes bocadinhos do que vocês são. O Jur.nal é feito de pessoas com os mais diversos gostos, estilos, opiniões, e, por isso, gostamos de abarcar o maior número de tipos textuais e temas possíveis. Somos um núcleo que se quer artístico, e a arte é diversa e multidimensional. Neste caso, a imaginação é mesmo o limite. 


Desejamos que a vossa jornada que agora começa seja repleta de novas experiências e aprendizagens, e, se assim o desejarem, que o Jur.nal tenha lugar nas recordações que levarão da vossa licenciatura! Da minha parte, no momento em que chego ao último semestre na direção do Jur.nal, não tenho qualquer tipo de dúvida quando afirmo que fazer parte do Jur.nal tem tornado o meu percurso na Nova Direito ainda mais feliz. 


A maior sorte neste caminho que hoje se iniciou! As portas do Jur.nal estarão sempre abertas para vos receber!


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