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Como lidar com Israel, os nazis do nosso tempo?

Este artigo não se debruça sobre se existe um genocídio em Gaza: existe. Negá-lo equivaleria a negar as leis da física, e não pretendemos gozar com a gravidade da situação. Este artigo também se recusa a entreter o bom gosto da metáfora: a comparação não é um insulto às vítimas do Holocausto; Israel é. 

Não, este artigo serve, pura e simplesmente, para refletir sobre o que pode parar os nazis do nosso tempo de perpetuarem o seu genocídio. Organizemo-nos por camadas, do mundial ao local.

A primeira solução, óbvia e antiga, é a da intervenção militar. Uma invasão, um D-Day, portanto, por parte das Nações Unidas, seria apenas complexa na logística. Temos como precedente, por exemplo, a Guerra do Golfo. Infelizmente, o Conselho de Segurança, com o veto americano, nunca aprovaria tal justiça. 

Passemos ao continental. A Europa é o principal parceiro comercial de Israel. Tal deve acabar. Não falamos de meros boicotes ao que vier dos colonatos, ou parar de enviar as armas que matam crianças palestinas - isso é óbvio, e o facto dos dirigentes políticos europeus não se dignarem a tal mínimo não o torna menos óbvio. 

O que deve acontecer é a rejeição total de Israel.

Embargos comerciais completos, cortes de relações diplomáticas, e o reconhecimento pleno da Palestina enquanto estado soberano. A verdade é que Israel necessita do apoio ocidental para continuar, e se não podemos contar com a América para o fazer, só a União Europeia, na sua majestade colossal, pode estrangular estes nazis. Não é essa a vontade dirigente, claro. Para os órgãos europeus, Israel é um mero parceiro, e assim, se fazem tantas parcerias militares, comerciais, científicas que poderíamos confundir este país com um membro pleno da União. E estes órgãos europeus, os partidos europeus, os políticos europeus, devem ser convencidos, e assediados, pela comunicação social e pelo mundo físico que os rodeia, a tomar as decisões corretas.

(E sim, claro que Israel se deve juntar à Rússia na Eurovisão.)


Isto leva-nos, claro, ao nacional, e ao local. Em parte, aplicam-se os mesmos princípios: Portugal, deve, no mínimo, cortar relações diplomáticas e comerciais com Israel. A direita portuguesa está-se objetivamente, a marimbar para os milhares (um dia dirão milhões) de mortos. Devem ser escrutinados até tomarem a decisão correta, tal como outros partidos são quando apoiam, de uma forma ou outra, regimes fascistas e genocidas. Ao nível local, podemos opinar, por esta e outras formas, influenciando o discurso político cada vez mais, balançando o pêndulo cada vez mais contra o novo Reich. E, cirurgicamente, o protesto e a ação direta.

Em 2023, o embaixador israelita, Dor Shapira, foi convidado a dar uma aula no nosso Mestrado de Direito e Segurança. (https://novalaw.unl.pt/en/open-class-on-security-and-geopolitics-abraham-accords-conflict-peace-and-diplomacy-in-the-great-middle-east/) A Nova que se atreva a fazê-lo outra vez.


Entretanto, nós, pequenas pessoas, pequenos estudantes, rejeitemos os nazis nos nossos corações, nas nossas palavras, e nas nossas pequenas ações. Não apoiemos a chacina nem à mesa de jantar, nem à mesa de voto, nem na carteira.

E assim, para sempre, até que isto tudo pare. Até que reabram Nuremberga.


Para finalizar - perdoem-nos. O Wix, a plataforma onde este site se baseia, é de uma empresa sediada em Tel Aviv. O Jur.nal deve procurar alternativas.


 
 
 

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