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Sofia Dias

Políticarelle

(Debates eleitorais 2024)


Toca a despachar!

30 minutos a desfilar,

Pois que a Cristina quer ir dançar!

É pegar ou largar!


O primeiro entra com o pé esquerdo

Ou direito?

(Não dá para distinguir)

Vem com o gato a acompanhar

E o feminismo para arguir.


Com foice hasteada,

vem aí camarada,

mas “há aqui uma coisa

fundamental.

Fundamental.”

Não havia melhor

No Comité Central?


Pois que no escorrega

Do palco mais importante de Portugal,

Anda o liberal.

Contudo, não há contas

Para justificar o corte fiscal.

(são 5 mil milhões no geral?)

Caiu do escorrega,

Mas não há que preocupar,

A mão invisível as feridas vem curar.


Gémeos siameses vêm a passar,

Só não tragam a Europa

cá para os separar.

Para estes dois, o desfile é para todos,

Todos o devem integrar,

Até as avózinhas vêm as rendas mostrar.


Alto lá! Conseguem ver?

Pelo zoom decidiu aparecer

O líder da oposição a valer. 

Vamos ver se agora o pc não o faz esquecer

O que tem para dizer.

“Olhe, posso interromper?”

“Não, não pode”

“Poder posso, outra coisa é querer.”

Na AD não vale a pena esconder,

Sabemos que o machismo é para manter,

Já dizia o monarca em direto na TV.


Falta-nos alguém?

João Adelino Faria, será?

É que já o ouvi tanto falar…

Oh! Não há que enganar!

VEJO A NUCA DE VENTURA!

A música da Lena d’Água pode tocar.

Vamos pensões aumentar,

(Não se pode ser fuinha)

Mais cedo reformar

E polícias masturbar.

Para tudo isto pagar,

Corrupção tem de acabar

E banditos vamos exterminar.

Isto custa a crer,

para tudo acontecer,

Não tem de se o Chega investigar?

Ora, basta ver quem o anda a financiar.


A fechar o desfile,

de alto gabarito,

Chega o garanhão,

Porque pelo whatsapp teve a reunião

Que lhe permitiu vir de avião.

Pronto para os foguetes lançar,

Teve de a avioneta pousar.

“Miúdo imprudente, pare tudo!”

Disse o designer da marca

que se quer apresentar.

Todos dos lugares levantar,

Vamos aplaudir sem parar

Quem isto tem andado a orquestrar.

Em alto e bom som, diz sem pesar:

“Vamo’ la ver, fiz ou não fiz bem em bazar?”
















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