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Pilar Silveiro

Alma alentejana

Só quem é de cá entende

O que é viver neste Alentejo

Tão pacífico, como quente

Mas também sempre em festejo.


Desde que fui para além do Tejo

Só penso em regressar

A casa, ao meu rico Alentejo

Será para sempre o meu lar.


As searas que transbordam saudade

Abanam levemente com o vento

Amarelas, da cor da tarde

Choram comigo por este lamento.


Espero um dia poder voltar

Dançar nos bailaricos de S. João

Com uma palha por trás d’orelha

E um copo de vinho na mão.


As casas brancas das vilas

A pele queimada dos pastores

Os jovens que passam com as mochilas

Dão malmequeres aos seus amores.


Vou comprar já o bilhete

Não consigo mais esperar

Irei no comboio das sete

Para o calor não apanhar.


Ao passar pela ponte da capital

Imagino os montes e as serras

Que miragem mais divinal

Vou finalmente regressar às minhas terras.


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