Como um qualquer sopro,
Magoo-me, corro, perco-me e choro
E fico louco.
Para sempre?
Aqui, nem o amor me salva,
Nem o meu pai me abraça.
Nem abraço eu a minha mãe.
(em itálico para mascarar a solidão)
Acho que estou bem.
É o vazio que me acompanha,
Que me traz um tolhedor conchego;
Que me faz e refaz a cama,
Nos dias chuvosos e meus gémeos de novembro.
Pois as almas com que convivo,
Distantes e inescrutáveis,
Lembram-me o tinto vinho -
Não é o meu preferido.
Será que quero fugir?
Beber sumo de uva branca ao luar,
Lembrar-me o que é sorrir,
Deixar-me evadir (afogar) no fumo do mar?
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