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chamas por mim

e o murmúrio da tua felicidade

trespassa-me, provoca-me,

entra por um ouvido e

para onde quer que tenha ido,

não sai.


bate e rebate contra mim

ecoa no meu ser

em mim viveu

e comigo há de morrer.


permanente no espaço e no tempo,

torna-se uma das mais

vívidas memórias da minha vida.

recorrentemente a ela recorro,

para em ti voltar a viver.


regressar ao teu riso

e ao momento em que o enjaulei,

acarinhei e cuidei,

para que não desabrochasse

e da flor, um jardim criasse.


ficas tão bem feliz

que me fazes em ti questionar

o que mais fazes para a paixão suscitar.

se quando o meu nome a tua voz diz,

quando em ti me posso aconchegar,

ou quando te ris sem poder parar.


guardo cada momento no meu ser

para um dia, ao morrer,

ao que fomos poder recorrer,

e voltar a reviver

aquilo que me leva a escrever.


deixar a memória me mover

e nela nos rever.

ficar apenas a ti a dever

o agradecimento de aprender

o que muitos ficam pelo querer.


já que não há como manter

o que uma vida faz crescer

e além morte transcender,

que seja agora que eu dê a entender

o que ando a conter.


com muitas palavras a encher

chegou a altura de te dizer

que só pode este poema corromper

o verso que quero enaltecer.

nada é tão bonito como te ter,

nada é tão bonito como te amar.


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