O que é a dignidade das palavras senão o seu canto afinado à dissonância do correto? E o significado? Dança polissilábica, transmutação pedalada por cada necessidade? Ou verdade absoluta, filha única? Não neste reino melodioso onde se cantam desejos
e por eles, espelhos,
vê-se o esboço
do que é, pode ser e/ou será,
o olho humano
engravidando a verdade
múltiplas vezes
gerando crias, cada uma nova
algumas mortas, outras vivas
e cada delas uma canção
por si harmoniosa,
mas em junção
formam a dissonância perfeita
do nosso legado, intervalado
na inexatidão exata.

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